Há poucos desafios tão entusiasmantes quanto assustadores como elaborar um pitch. Principalmente, quando o objetivo é angariar capital junto de investidores.
Como em qualquer plano de negócios, um pitch deve ser bem estruturado e estar preparado para responder a todas as questões dos investidores e, claro, o mais importante, convencê-los a investir em si e no seu projeto.
Num pitch, tudo o que faz deve ser simples, claro e objetivo. Os 9 pontos que apresentamos abaixo vão ajudá-lo a entender os fundamentos essenciais num pitch para investidores.
1# A história do empreendedor e a sua ligação ao negócio
Quem é e como se apresenta faz toda a diferença. Você é a imagem e a história da sua ideia de negócio, da sua startup. Os investidores estarão a apostar tanto em si quanto no seu negócio. Afinal, será você quem irá estar à frente da startup, por isso, tem de desde logo transparecer confiança e motivação durante todo o pitch.
Durante a apresentação aos investidores não tenha problemas em falar sobre si e sobre a sua ligação ao negócio. Isto ajuda a perceber o seu comprometimento e o seu background.
2# Do problema à oportunidade
Qual é o problema que a sua ideia vem resolver? Qual é a oportunidade que ninguém está a aproveitar ou que ninguém foi capaz de identificar, mas você sim?
Este é o ponto de partida. É isto que cria o interesse no investidor.
3# A solução que resolve o problema
Se o problema cria o interesse, é a solução que convence o investidor a prestar-lhe atenção e a considerar investir em si.
Comece logo pelo principal benefício da sua solução. O que a distingue e que fará os clientes desejá-la. Mais uma vez, de forma clara, simples e objetiva. E por falar em objetividade, é importante demonstrar o quão fácil será aplicar a sua solução no mercado.
4# Dimensão do mercado onde irá atuar
Os investidores aos quais está a apresentar o seu pitch podem não ser do mesmo mercado ou não ter um conhecimento aprofundado sobre o nicho de mercado onde a sua startup irá atuar.
É importante que identifique bem o mercado da sua startup, apresentando dados e informações sobre o mesmo, fundamentados em pesquisas e números de fontes credíveis.
Dica prática: Apresente a informação através de gráficos, bullet points e diagramas apelativos. Assim será mais fácil o investidor visualizar a informação e atraí-lo, ao invés de um texto massudo.
5# O modelo do negócio
O modelo do negócio demonstra de forma clara e objetiva como é que ganhará dinheiro com o projeto. Deverá responder às seguintes questões: Quais são as fontes de receita? Como vai adquirir os seus clientes? Quais são as suas margens?
Dica prática: Apresente um esquema simples sobre o seu modelo de negócio.
6# Concorrentes e vantagens competitivas
Saiba bem qual é a sua concorrência e apresente-a aos investidores durante o seu pitch.
Uma análise SWOT pode ajudá-lo a identificar as vantagens que a sua startup tem em relação à concorrência.
Dica prática: Se alguns dos seus concorrentes diretos já levantaram capital de investidores coloque esses valores no pitch. Essa informação dá a perspetiva de quanto o mercado está a pagar e pode ajudar a seu favor.
7# A sua equipa
Sozinho é difícil ir mais longe. Você sabe disso e os investidores também. Apresente a sua equipa ou os elementos da equipa que procura, nomeando as funções mais preponderantes para o crescimento da sua startup.
8# Volume de Vendas, VAL, TIR e Payback
Para analisar o potencial do seu investimento, o investidor precisa de ter acesso a estes números.
O Volume de Vendas a apresentar corresponde ao valor de bens e serviços vendidos durante um certo período de tempo.
VAL é o Valor Atual Líquido e mede o ganho efetivo do investidor.
Já a TIR corresponde à Taxa Interna de Rentabilidade e com ela é possível avaliar a rentabilidade do projeto.
Por fim, o Payback é o indicador que nos mostra o tempo de retorno do investimento.
9# Investidores e a percentagem de equity
A equity é a posse e direito aos lucros que o/os investidores terão sobre a sua startup assim que decidam investir nela e que você aceite o seu investimento. Essa posse na maioria dos casos significa as quotas da sociedade (e numa fase mais avançada poderão ser ações ou outros títulos).
Esta é a parte final do processo de angariação de investimento. O seu pitch e o plano de negócios trouxeram-no com sucesso até aqui.
Agora tem uma decisão muito importante: dizer sim ou não aos investidores e definir a percentagem de equity. Será uma fase de negociação mais dura onde deve ter em atenção o controlo que quer ter sobre a sua startup, a network e a experiência do investidor interessado e os objetivos de financiamento que procura.
Se precisar de ajuda para avançar contacte-nos.