Identificar o potencial de uma startup é fundamental para agarrar oportunidades de crescimento num estágio inicial.
Startups com grande potencial têm a capacidade de moldar novas indústrias e gerarem retornos significativos. E a habilidade de identificar esse potencial pode transformar não apenas o mercado, mas também a carreira de quem aposta nelas.
Se está a idealizar uma ideia de negócio, a abrir empresa ou já em fase de captação de investimento, saiba que fatores deve analisar para identificar o potencial de uma startup.
6 fatores a analisar. 20 perguntas-chave para responder.
Descubra aqui como determinar o potencial da sua startup.
1. Binómio problema/solução
Cada startup propõe-se a desenvolver uma solução para um problema específico. A pertinência, eficiência e potencial de crescimento dessa solução são os primeiros pontos a analisar para entender o potencial de mercado de uma startup.
Afinal de contas, quando se apresenta um pitch para startups, este é o ponto que mais interessa aos investidores.
Perguntas-chave:
- Qual é a relevância do problema a resolver?
- A solução resolve o problema de forma eficiente e com potencial lucrativo?
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2. O mercado e a concorrência
O mercado é quem dita o sucesso de uma startup. Sem procura, não há oferta. E a par do mercado, há que analisar a concorrência. Se houver muita concorrência, a startup terá mais dificuldade em destacar-se e em obter uma boa margem de lucro.
Perguntas-chave:
- Há concorrência? Se sim, quais são as suas forças e fraquezas?
- A startup tem alguma vantagem competitiva? Qual?
- O tamanho do mercado é grande o suficiente para que a startup possa crescer de forma sustentada?
- Existem barreiras no mercado à implementação ou expansão da startup? Ex: leis, matérias primas e mão de obra com custos elevados, barreiras culturais, concorrência feroz, etc.
3. A eficiência do modelo de negócio
O modelo de negócio é o sistema pelo qual a startup se compromete a funcionar e faturar. Portanto, a viabilidade financeira de uma startup depende diretamente da eficiência do modelo de negócio estabelecido.
Perguntas-chave:
- Como é que são geradas as receitas da startup?
- As receitas podem crescer de forma sustentada a médio e longo prazo?
- Quais são os custos operacionais? E de que forma a startup se propõe a controlá-los ou até mesmo reduzi-los?
- A forma de como se comercializa a solução é clara e atraente para o consumidor?
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4. A liderança e a cultura da startup
Os fundadores e a equipa da startup são o coração de todo o negócio. As softs skills, como a capacidade de liderança, inovação e resiliência são essenciais para todas as startups. Já nas hardskills, fatores como a experiência, a formação académica ou a complementaridade de conhecimento entre os vários membros da equipa são muito importantes. A somar a tudo isto está a cultura da startup: se todos estiverem alinhados, será mais fácil caminhar para o sucesso.
Perguntas-chave:
- Os fundadores são experientes e/ou têm uma visão clara daquilo que querem para a startup?
- Os fundadores e a equipa são apaixonados pelo que fazem?
- As habilidades da equipa complementam-se?
5. Métricas, objetivos e avaliação de riscos
Uma boa ideia de negócio é meio caminho andado para o sucesso. Mas se esta não for objetiva, nem mensurável, será difícil avaliar o seu potencial. É necessário criar metas claras e formas de avaliação para que se possa controlar e prever o potencial de crescimento de uma startup.
A par disso, a startup tem de estar “consciente” dos riscos inerentes à sua operação, para evitar falhas na sua operação e potencial de crescimento.
Perguntas-chave
- Existe um plano de negócios onde esteja evidenciado o plano de crescimento?
- Quais são as métricas mais importantes para a startup?
- Que riscos existem?
- Existe uma estratégia para lidar com esses riscos?
6. Validação do mercado
Se a startup já entrou no mercado, é possível analisar o seu potencial de forma mais direta.
Perguntas-chave:
- Os clientes estão satisfeitos com o produto/serviço disponibilizado?
- Os clientes tendem a voltar, recomendar ou estão fidelizados?
- Há maior procura do que oferta?
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E por fim:
Ao explorar estes seis fatores fundamentais, está a dar os primeiros passos para garantir que uma ideia promissora se transforme numa startup de sucesso.
Esta análise detalhada não só ajuda a minimizar riscos, mas também a identificar as oportunidades certas para crescer e inovar. Ao dominar esses princípios, está a dotar-se com o conhecimento necessário para navegar o futuro do negócio com confiança e ambição, transformando sonhos em realidades que impactam positivamente o mercado e a sociedade. Sim, porque as startups podem mesmo tornar o mundo melhor, tal como estas 17 startups portugueses, que são exemplos claros daquilo que é a inovação sustentável.